"There are going to be two professors and 17 students. The students all come from diverse academic backgrounds - social sciences, business, arts, languages, etc. - so in setting up the joint classes, it could be on the history and politics of Cape Verde. Only about six of them are of Cape Verdean heritage, and only three been to Cape Verde. So a majority in the delegation will be visiting Cape Verde for the first time. Meanwhile, my colleague, the other professor, knows Cape Verde very well. He is an anthropologist by profession, and has written a lot of books on Cape Verde."A visita à UniPiaget decorreu bem e demos todo o apoio que estava ao nosso alcance. O referido antropólogo é o conhecido Professor Richard Lobban, Jr. da Universidade de Rode Island. O livro deste autor, mais conhecido entre nós é o Historical Dictionary of the Republic of Cape Verde cuja 4ª edição já está anunciada. Recebemos os ilustres professores no nosso gabinete e trocamos impressões sobre a cooperação existente entre as nossas instituições.
terça-feira, maio 29, 2007
Richard Lobban entre nós
segunda-feira, maio 21, 2007
Ecos da exposição Aedificare
Após o encerramento dos Dias Abertos, o referido jornal, traz ao nosso conhecimento os ecos concernentes à exposição de arquitectura. Tal o entusiasmo colocado no artigo desse diário que não resistimos a propiciar um link para o mesmo:“AEDIFICARE” DESAFIA ARQUITECTURA CABO-VERDIANA
quarta-feira, maio 16, 2007
A dádiva de sangue dos nossos generosos alunos, docentes e funcionários
Esta iniciativa surgida no ano de 2006 de um grupo de finalistas da universidade, foi absorvida pela UniPiaget sendo esta a sua segunda edição. No ano passado foram sessenta o número de doadores. Espera-se ultrapassar este número na presente campanha.
terça-feira, maio 15, 2007
ECOWAS Trade Negotiation e nós
Trata-se de um tema actual, muito importante, tendo em conta as negociações em curso a nível da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do Acordo de Parceria Económica (APE) com a União Europeia. Para Cabo Verde em particular, a formação reveste-se de uma importância particular, uma vez que o nosso país está a negociar a sua acessão à OMC e neste particular constitui mais uma oportunidade para o reforço de capacidades técnicas e institucionais em matéria de negociações comerciais bi e multilaterais, bem como, de concepção e implementação de politicas comerciais.
segunda-feira, maio 14, 2007
DIAS ABERTOS 2007
A TCV apresentou no seu Último Jornal de 14 de Maio 2007, uma peça alusiva aos Dias Abertos:
sexta-feira, maio 11, 2007
Um pouco mais de "quem é o Reitor"
E eis o discurso do Primeiro-ministro
Praia, 5 de Maio de 2007
A Universidade e a Transformação de Cabo Verde
Os nossos parabéns também aos quadros que hoje são graduados. Trata-se de um marco importante na vossa vida que vos abre caminho para novas trajectórias de futuro. A Nação cabo-verdiana conta convosco.
Agradeço o convite para estar aqui hoje e viver convosco estes momentos de júbilo. E eu queria aproveitar dessa oportunidade, não para fazer um discurso, mas para partilhar convosco algumas ideias sobre um tema que tenho por crucial para a Nação: a Universidade e a Transformação de Cabo Verde. Ou não será que a Universidade é um espaço privilegiado de facilitação do debate fundamentado sobre questões de importância para o país.
Para mim, a Universidade é um instrumento da agenda de desenvolvimento nacional e de transformação societal. A agenda requer, uma visão, ideias inovadoras, novas formas de pensar. É este o grande desafio para a Universidade em Cabo Verde.
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Quero dizer-vos, em primeiro lugar, que o desenvolvimento nacional é fundamentalmente um processo de aprendizagem. É um processo de educação no qual as pessoas aprendem a criar e a construir instituições, a desenvolver e usar tecnologias e ferramentas, e fundamentalmente a mudar a sociedade para assegurar uma vida melhor para as gerações actuais e futuras.
Desta forma, a educação é suposta melhorar a capacidade das pessoas e das instituições para servirem de catalizadores da transformação social. Enquanto a educação primária e secundária fornecem a capacitação de base, do meu ponto de vista, a Universidade em Cabo Verde deve focalizar-se, por um lado, na construção de capital humano de alto nível e no desenvolvimento do potencial de liderança dos cidadãos e, por outro lado, estar na dianteira do processo de geração de ideias novas e de dinâmicas de inovação poderemos conseguir uma vida melhor. É a Universidade ao serviço do futuro.
É por isso que acreditamos que a educação é a chave para a transformação de Cabo Verde. Cada coisa tem seu tempo certo; porque o desenvolvimento nacional é também um processo por etapas. Na primeira fase de desenvolvimento do país investimos fortemente na educação primária e secundária. Agora, decidimos apostar na construção de um sistema de ensino superior que seja capaz de preparar os cabo-verdianos para participarem efectivamente na nova economia emergente e na sociedade moderna.
Desde logo, a nossa expectativa é que a Universidade em Cabo Verde assuma um papel chave no actual estádio de desenvolvimento nacional.
O mundo de hoje é de rupturas, de profundas mudanças. Vivemos num mundo novo que funciona a grandes velocidades e em mudanças rápidas. O ritmo vertiginoso das mudanças é ditado pela inovação científica e tecnológica e pelas novas orientações políticas no mundo. O resultado é a revolução do conhecimento e a emergência de uma nova economia que conduzem à quebra das fronteiras e a um mundo global, a chamada era da globalização.
Com a mundialização da economia emerge uma economia global hiper-competitiva, onde só as Nações que podem apreender depressa as mudanças terão sucesso.
É neste mundo que Cabo Verde está. Cabo Verde tem de se preparar para viver neste mundo. Neste mundo global em que o conhecimento tornou-se o factor determinante da competitividade das nações. Tal situação representa um tempo ameaças e oportunidades. Mas para Cabo Verde, país sem recursos naturais, sem matérias-primas, sou de opinião que há oportunidades a aproveitar para o desenvolvimento de nichos de produção à volta dos serviços de conhecimento.
É, portanto, crítico que encontremos as vias e os meios para nos inserirmos de forma competitiva no mundo global. É esta necessidade vital que ditou o lançamento, a partir de 2001, de um processo de transformação sócio-económica em Cabo Verde.
Os elementos chaves do esforço de transformação incluem, ao nível macro, levar avante um conjunto de reformas e construir um ambiente macroeconómico estável para estimular um crescimento saudável da economia. Do lado micro, os esforços focalizaram o desenvolvimento de sectores nucleares com potencial para propiciar um forte crescimento da economia. Paralelamente, temos vindo a desenvolver um enorme esforço de modernização do país para a melhoria da base competitiva e de transformação das vantagens comparativas em vantagens competitivas. Nisso incluímos a dotação do país de infra-estruturas modernas, o desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunicação. Outro aspecto por demais fundamental é o investimento na capacitação e qualificação dos recursos humanos.
Cabo Verde atingiu o estatuto de país de rendimento médio. Estamos no bom caminho para sermos dos poucos países a conseguir atingir os Objectivos do Milénio (ODM) fixados pela comunidade internacional. Como indicado em recentes inquéritos do INE sobre o bem-estar das famílias ou sobre o emprego, os indicadores de bem-estar social continuam a melhorar, enquanto que o desemprego e a pobreza estão em recuo.
Isso nos encoraja a prosseguir. O país goza de grande credibilidade externa, sendo que a comunidade internacional é unânime em reconhecer a Boa Governação existente. Cabo Verde está sendo procurado como país de investimento e de destino turístico; a carteira de investimento externo é invejável e os operadores europeus colocaram Cabo Verde nos 10 maiores destinos turísticos a nível mundial. A classe empresarial nacional apresenta um dinamismo nunca visto. O crescimento da economia segue a ritmo robusto. A democracia consolida-se. Ainda nesta semana a Freedom House considerou que em Cabo Verde a imprensa é totalmente livre.
Enfim, Cabo Verde está num bom momento. Digo-vos isso, a vocês que vão iniciar a vida profissional ou que se preparam para isso, tão-somente para vos instar a acreditar no futuro deste nosso pequeno país e a darem de forma responsável e engajada o vosso contributo.
Digo-vos isso, também, para ficarem cientes que não podemos desperdiçar este momentum impar para construirmos um Cabo Verde de bem-estar para todos. Para podermos vencer juntos, todos os cabo-verdianos juntos, os grandes desafios que temos pela frente: reduzir a pobreza e criar mais emprego, sobretudo para os jovens.
Temos de conseguir assegurar um melhor futuro para o povo das ilhas. Dizia o poeta, “o povo das ilhas quer um poema diferente para o povo das ilhas”. Então propomos uma agenda nacional de transformação para fazer a diferença.
Uma Agenda de Transformação focalizada na construção de uma nova economia que seja produtiva e globalmente competitiva.
A transformação económica que queremos realizar está ancorada na construção de uma economia de serviços com base no turismo de alto valor acrescentado, na criação de um centro de apoio logístico às pescas, na criação de um hub de serviços de transporte vocacionados para a sub-região, na construção de uma praça financeira internacional, no desenvolvimento de indústrias de tecnologias de informação e de comunicação. O nosso objectivo é desenvolver esses sectores enquanto nucleares para a expansão da base produtiva e diversificação das exportações.
O elemento crítico da transformação é a necessidade de construir as capacidades humanas e institucionais para competir no mercado global. E é aqui que reside o papel da Universidade e é o que esperamos do desenvolvimento do ensino superior em Cabo Verde.
Como eu referi anteriormente, estamos hoje a viver num mundo onde o conhecimento, o saber e a inovação são as forças impulsionadoras. A realidade é que a ciência e educação são os principais factores de progresso nas sociedades desenvolvidas ao determinarem a qualidade do capital humano.
Por isso, o Governo tem vindo a fazer um esforço prioritário no desenvolvimento do ensino superior em Cabo Verde. A Universidade tem um papel crucial a desempenhar nesta fase, também crucial do desenvolvimento nacional. Criamos a Universidade de Cabo Verde. Apoiamos a intervenção do sector privado nessa área.
O Governo, o sector privado e a sociedade em geral esperam muito da Universidade. E aqui quero partilhar convosco as minhas expectativas em relação à Universidade em Cabo Verde. Resumirei estas expectativas em cinco grandes aspectos.
Primeiro, a Universidade deve operar na linha de frente do conhecimento e deve ser competitiva pelos padrões internacionais. As nossas universidades devem ser da melhor qualidade. Não nos contentaremos com a mediania. Aqui também, e diria aqui sobretudo, temos que ser ambiciosos. Conseguir a qualidade requer mais investimento por parte de todos os implicados; requer professores capacitados e dedicados; requer estudantes empenhados na aquisição de conhecimentos e capacidades; requer pais interessados que acompanham o processo de formação dos filhos. Finalmente, e tenho isto por importante, requer ênfase no mérito e a assumpção de critérios e padrões de qualidade afirmados nas melhores escolas.
Segundo, considero que a Universidade deve ser relevante para a vida actual e futura tanto do indivíduo como da sociedade. A nossa expectativa é que a Universidade seja uma parte integral da sociedade. Não queremos uma Universidade isolada e fechada algures na sua torre de marfim. Queremos uma Universidade aberta, imbricada na sociedade, com um papel activo na vida da sociedade e na solução dos problemas nacionais.
O nosso pensamento é que a Universidade esteja na linha da frente do desenvolvimento nacional, liderando o pensamento criativo, irrigando a sociedade com novas e inovadoras ideias de futuro.
Em terceiro lugar, penso que a Universidade em Cabo Verde deve ser orientada para a formação de líderes e agentes de mudança. Não basta acumular conhecimentos livrescos. No contexto de Cabo Verde e no mundo de hoje, penso que a Universidade deve incutir maior consciência, maior compreensão, alargar a visão dos estudantes e a sua capacidade de apreender o mundo.
As nossas Universidades devem ajudar a cultivar o sentido de valores e desenvolver a cidadania. A educação em Cabo Verde não pode ficar confinada à mera aquisição de conhecimentos.
Devem integrar a consciência da nossa história, cultura e tradições. Devem incorporar valores chaves para a modernização como o trabalho, o respeito, a disciplina e o profissionalismo, a honestidade, a prosperidade, a tenacidade. Devem promover nos estudantes a abertura à mudança e o desejo de servir. Devem desenvolver novas posturas e mentalidades. Produtividade, mérito, emprendedorismo, enfim competitividade são noções a internalizar e que devem passar a integrar o nosso léxico quotidiano.
Devem, ainda, as universidades promover a apreensão da realidade que queremos transformar, dos problemas que fazemos face, dos esforços que estamos a fazer e que devem ser realizados para a transformação. Neste particular, acho pertinente que a Universidade ponha os estudantes em situações vivenciais de aprendizagem e facilitar a interacção com a comunidade, para que o estudante participe em actividades de desenvolvimento.
O quarto aspecto que queria trazer à vossa consideração é o seguinte: A educação universitária em Cabo Verde deve ser pertinente em relação às nossas condições e ser agente maior da transformação económica. Estimo que a Universidade deve desenvolver o potencial produtivo e empreendedor dos estudantes e do cidadão em geral, bem como o sentido da oportunidade económica. As pessoas devem ser formadas para serem especialistas, operadores económicos em áreas prioritárias da transformação do país - turismo, pescas, transportes, serviços financeiros e outros.
Este desiderato requererá certamente cooperação entre a Universidade e a comunidade e com os vários sectores governamentais e o sector privado. Será importante partilhar recursos, facilidades, informação, assim como capacidades humanas.
A este respeito, o Governo, através do MECC, já iniciou em conjunto com as universidades, entre as quais a Universidade Jean Piaget, e também com o sector privado e com organizações da sociedade civil, o processo de implementação de um programa de desenvolvimento do empreendedorismo que consiste na instalação de uma incubadora de empreendimentos produtivos.
Em quinto e último lugar, e como já indiquei, vivemos num mundo novo. Este mundo requer mudança e adaptação. As sociedades que triunfam são as que são capazes de antecipar as mudanças, agir rapidamente e adaptar-se. A Universidade em Cabo Verde deve ser um construtor de capacidades para o século 21º de que o país precisa.
Quero com isto dizer que a Universidade em Cabo Verde deve ser um centro de pesquisa. Deve promover a capacitação profissional e desenvolver a formação permanente para se construir uma sociedade de aprendizagem. Isto é crucial para termos, a cada momento, cidadãos em sintonia com as evoluções do saber e capazes de apreender as mudanças quer sociais, quer estruturais ou tecnológicas.
São estas, pois, alguma ideias que queria dividir convosco nesta hora importante para a Universidade Jean Piaget e para os graduados que hoje conhecem uma nova largada nas suas vidas.
Muito obrigado.
terça-feira, maio 08, 2007
Exposição de Arquitectura no seio dos Dias Abertos
Universidade Jean Piaget. Decorreu a Semana de Campo na 1.ª semana de Maio. Decorrerão os Dias Abertos, entre 14 e 18 de Maio. E a 19 de Maio será o Dia do Município da Praia. Nuno Ferro Marques, Davidson Maurício e Walter Rivera, um arquitecto e docente e dois discentes finalistas do Curso de Licenciatura de Arquitectura da UniPiaget não quiseram deixar passar em branco este mês especial, e, entre 14 e 18 de Maio, apresentam, publicamente, no Átrio da UniPiaget, “Aedificare – 24 Painéis de Arquitectura” [in Liberal Online]
sábado, maio 05, 2007
A melhor comemoração até agora do Dia da Universidade
A cerimónia que se enquadra nas comemorações do sexto aniversário da Universidade Jean Piaget de Cabo Verde teve vários momentos importantes de entre os quais singularizamos os seguintes:
- O discurso do Senhor Primeiro-ministro, que no sentir de muita gente foi uma verdadeira Oração de Sapiência.
- A entrega de diplomas aos nossos mais recentes licenciados.
Depois da cerimónia de graduação teve lugar um momento cultural com poesia e dança contemporânea com os Raiz di Polon e o grupo cultural de Porto Mosquito. [in A Semana online]
A Televisão de Cabo Verde (TCV) fez a cobertura do evento e apresentou a seguinte peça no jornal da noite:
Agora temos o prazer de vos apresentar o discurso proferido pelo Reitor da UniPiaget:
Excelentíssimo Senhor Primeiro-ministro de Cabo Verde, Excelência
Excelentíssima Senhora Ministra da Educação e do Ensino Superior
Excelentíssimo Senhor Representante do Instituto Piaget e Digníssimo Administrador Geral desta universidade
Prezados Pró-reitores desta universidade
Digníssimo Pró-reitor da Universidade de Cabo Verde
Digníssimos Dirigentes de instituições amigas
Senhores Directores da UniPiaget e demais dirigentes
Estimados docentes e caros estudantes
Prezados finalistas, seus amigos e familiares
Convidados da UniPiaget
Caros profissionais da comunicação social
Minhas Senhoras e meus Senhores
Comemoramos hoje, os seis anos de existência desta nossa querida universidade e é com imensa satisfação que faço uso da palavra, para avivar o orgulho que sentem todos aqueles que de uma maneira ou de outra contribuíram para fazer com que a UniPiaget seja uma instituição cabo-verdiana conhecida e reconhecida pelo seu papel cada vez mais presente e útil na sociedade em que vivemos.
Com efeito, a nossa universidade tem prestado um serviço valioso ao cidadão e às famílias cabo-verdianas, sendo igualmente um aliado incontornável à acção do Governo na prossecução da sua política em matéria de Ensino Superior.
Senhor Primeiro Ministro,
Lembramos com satisfação do dia em que se inaugurou o edifício em que nos encontramos. Nesse dia todos os órgãos de soberania da Nação estiveram presentes aos seus mais altos níveis. Isso demonstrou o grau de confiança expectante depositado na UniPiaget. Esta confiança teve como seu maior veículo a relação estabelecida com o Ministério da Educação. É nesta senda que respondendo aos apelos do então Ministro foram identificados os primeiros dez cursos a oferecer e foram modificadas as respectivas estruturas curriculares para cursos bi-etápicos pois era uma preocupação do governante equilibrar a balança de quadros com mais detentores do grau de bacharel e permitir aos bacharéis mais antigos aceder a complementos de licenciatura.
Sempre em sintonia e em concertação com o Governo, fomos disponibilizando cursos pertinentes e adequados às necessidades do País (independentemente de serem para nós mais consumidores de recursos) e deixando para depois aqueles cuja necessidade não era então prioritária (mesmo os menos dispendiosos e de maior procura)
Esta fase mais intensa de cooperação com o Governo, onde pudemos dar resposta às suas preocupações nesta matéria, prolongou-se nos anos seguintes de forma menos intensa pois já não havia necessidades prementes a que pudéssemos eventualmente dar resposta.
Este atenuar dos desafios possíveis e passíveis de nossa intervenção, permitiu que nos últimos anos do primeiro lustro de nossa existência, pudéssemos sedimentar os ganhos e as medidas tomadas, consolidando e lubrificando a máquina montada.
Volvidos cinco anos tornou-se mister partir para um novo lustro mais lustroso (perdoem-me o jogo de palavras) pois a viragem que a sociedade cabo-verdiana se prepara para dar (PMA para PDM) não se compadece com universidades acomodadas e de exercício rotineiro.
Por uma universidade mais empreendedora e mais próxima do evoluir e do sentir da sociedade cabo-verdiana, a direcção da entidade tutelar da UniPiaget decidiu anunciar (há precisamente um ano) através da ilustre figura de seu Presidente (o nosso estimado e clarividente Dr. Oliveira Cruz) as mudanças que se manifestavam adequadas à situação vigente.
É deste modo que se traçaram novas linhas de rumo e a universidade arrancou para um processo de maior dinamismo e maior sintonia com o palpitar dos corações cabo-verdianos.
É pois com muito orgulho, mas também com muita esperança, que podemos todos constatar que o ambiente está a mudar, que o brilho de nossos olhos se substitui ao cenho franzido e que estamos todos envolvidos e galvanizados na consolidação e na afirmação da marca UniPiaget.
- Que bom ver o Centro de Desenvolvimento Empresarial contribuir activamente para a dinamização do espírito empreendedor no seio dos nossos estudantes e no da sociedade.
- Que bom saber que modestamente estamos a contribuir para que o berço da nossa nacionalidade seja reconhecido como património mundial, através da cooperação em escavações arqueológicas com a prestigiada universidade de Cambridge, sob a égide do Instituto de Investigação e Promoção Cultural
- Que bom constatar a vivacidade do Instituto Superior de Língua Portuguesa na promoção da cultura e da língua de Camões a partir de aqui, aqui e através do mundo lusófono
- Que bom sentir que os esforços do Laboratório de Ambientes Virtuais, antigo Laboratório de Educação Digital, estão a ser reconhecidos aqui e além fronteiras, pelo seu dinamismo e seus projectos no domínio das bibliotecas virtuais, no dos ambientes virtuais de aprendizagem e no do museu pedagógico virtual de Cabo Verde
- Que bom saber que o curso de Informática de Gestão para o ensino, no quadro do programa de formação de professores desta disciplina para o ensino técnico, encomendado pelo Ministério da Educação e financiado pela cooperação luxemburguesa foi um retumbante sucesso
- Que bom saber que temos sido chamados a participar activamente em vários assuntos de interesse estratégico e prioritário para a Nação (SIDA, Descentralização e administração autárquica, protecção das zonas costeiras, ambiente, educação à distância, etc).
Esta dinâmica e visibilidade da nossa acção tem-se traduzido por um multiplicar de contactos interinstitucionais que já se consubstanciaram em assinaturas de importantes protocolos (RTC, CCS-Sida, Universidade de Évora, Loid engenharias, Universidade de Cambridge, Associação Marka).
As questões de extensão universitária têm igualmente sido objecto da nossa atenção. É mais uma vez com orgulho que a nossa comunidade académica participou activamente na semana dos Dias Abertos que permitiu aos estudantes do liceu e à população conhecer mais de perto a UniPiaget e ao Hospital Agostinho Neto fazer uma de suas maiores recolhas de sangue: 60 litros! Estão de parabéns os nossos estudantes, docentes e pessoal administrativo pela tão generosa dádiva. Vamos duplicar esta quantidade nos próximos Dias Abertos que se avizinham?
Não poderia deixar de mencionar o lançamento das Bolsas Oliveira Cruz que em conjunção com as autarquias do país pode proporcionar a vinte jovens a oportunidade de estudar gratuitamente na UniPiaget (isenção de propina, refeição diária, etc.). Isto representa da nossa parte uma contribuição que se pode estimar a mais de seis milhões de escudos cabo-verdianos no ano lectivo que decorre.
A publicação da revista científica Contacto é mais uma manifestação da acção que se desenvolve no sentido da divulgação e da promoção da pesquisa científica atinente à realidade cabo-verdiana.
Caros estudantes,
Cientes das preocupações e dos anseios que tendes manifestado a respeito de várias situações ligadas à melhoria do vosso ambiente de ensino-aprendizagem, a UniPiaget inscreveu na sua agenda de prioridades para o corrente ano de 2007 seis acções achadas pertinentes e cuja execução está em franco andamento, podendo produzir os primeiros resultados muito em breve:
- Acções conducentes à melhoria da qualidade dos serviços prestados, nomeadamente da qualidade do processo de ensino-aprendizagem (instrumentos de avaliação do desempenho didáctico e científico de nossos docentes)
- Balanço do primeiro ano de actividade da estruturação da universidade em unidades de ensino e investigação
- Implantação de um sistema de matrículas por disciplinas ou por pacotes delas
- Transformação dos cursos bietápicos em cursos monoetápicos
- Abertura do leque de oportunidades de cursos de pós-graduação
- Envolvência dos estudantes em programas de investigação
Toda a acção da nossa universidade tem um propósito fundamental: o da formação de um cidadão em sintonia com um desenvolvimento humano integral e ecológico. Pensamos que estamos a cumprir o nosso desiderato, pois é reconfortante quando:
- Ouvimos elogios ao bom desempenho dos nossos estagiários (não me esqueço daqueles que a Senhora Ministra me confidenciara em tempos a respeito das alunas de fisioterapia).
- Sabemos terem sido contratados ainda em fase de estágio pelas entidades que os receberam
- Que foram promovidos e tidos em boa conta
- Seguiram para formação complementar em outras paragens … e regressaram com excelentes classificações (já me passaram pelas mãos excelentes teses de Mestrado de indivíduos com licenciaturas feitas nesta universidade)
Por tudo isso, é com redobrado prazer que iremos hoje mais uma vez entregar diplomas aos nossos licenciados e bacharéis. Sabemos que ostentarão estes diplomas com a segurança e consciência do seu prestígio cada vez mais sólido e crescente.
Senhor Primeiro-ministro
A honra que nos dá com a sua presença nesta cerimónia e com as vibrantes e elucidativas palavras que certamente nos brindará na sua iminente e eminente alocução, é para nós um incentivo incomensurável e um sinal inequívoco de como se sente em sua casa e de como conta com a nossa universidade no panorama traçado por si e pela equipa que sabiamente dirige.
É com imensa satisfação que em sintonia com a Universidade de Cabo Verde, irmã no seio da Associação das Universidades de Língua Portuguesa de que somos membros titulares e que em breve terá o seu encontro anual realizado nesta cidade, continuaremos a trabalhar para o engrandecimento da Nação cabo-verdiana e para que todos possam ao falar do Ensino Superior de Cabo Verde mencionar automaticamente e sem hesitações “ AS NOSSAS UNIVERSIDADES CABO-VERDIANAS, a UNICV e a UNIPIAGET…”
No momento crucial em que o país passa de PMA para PDM nós passamos seguramente também de UMA para UDM, de Universidade Menos Avançada para Universidade de Desenvolvimento Médio.
Mas estamos certos que o Sr Primeiro-ministro e o Governo tudo farão para que as Nossas Universidades Cabo-verdianas sejam um dia Universidades Altamente Desenvolvidas
Muito Obrigado pela vossa atenção
sexta-feira, maio 04, 2007
Mas que rico 4º dia da Semana de Campo !
A alegria estampava-se na cara de todos e após a assinatura do protocolo a natural ansia de um autógrafo desembocou numa ideia brilhante: a chamada "Fotografia de família" que vou deixar a seguir para que todos possam fazer Download.
Na parte da tarde, o momento de maior realce foi o da apresentação do livro “O Campo de Concentração do Tarrafal – 1936 a 1954: A Origem e o Quotidiano” de José Manuel Soares. Esta obra original traz testemunhos importantes para o entendimento da situação vivida. Segundo Liberal Online:
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Para José Soares Tavares, a grande novidade da obra são as opiniões dos tarrafalenses sobre o Campo de Concentração. “Na altura da minha investigação para dissertação da tese, tive a preocupação de entrevistar os naturais do concelho do Tarrafal, quer aqueles que viveram na altura do funcionamento da prisão, quer aqueles que viveram depois do seu encerramento, para ver até que ponto as informações deixadas pelos ex -presos políticos são verídicas ou não”
A apresentação foi seguida de debate e as perguntas dos presentes, nomeadamente do sociólogo Jacinto Estrela, permitiram ao autor elucidar aspectos mais curiosos de sua obra.